A CULTURA DO DIÁLOGO NA ESCOLA
Episódio 4: Práticas Restaurativas
No terceiro episódio, tratamos sobre mediação de conflitos e discutimos como se tornou uma estratégia para auxiliar nossos alunos a lidarem com os conflitos nos quais se envolvem, agindo de forma ativa na busca por soluções que promovam uma boa convivência.
Neste quarto episódio abordaremos o tema Práticas Restaurativas. Assim como a ideia da mediação, essa ideia também tem sua origem na área jurídica e aos poucos, vem sendo pensado no contexto da educação. Vamos discutir a relevância de práticas restaurativas para restaurar a paz e o equilíbrio das relações conflituosas na escola, promovendo uma cultura para o diálogo e o olhar para a justiça cuidadosa e humanizada.
Vem com a gente, porque juntos e juntas, somos MAIS e melhores.
DE OLHO NA TELA
Assista o vídeo
Para começar suas reflexões sobre Práticas Restaurativas, assista o vídeo, em que Adriana Ramos, da Convivere Mais, conversa no Papo do meio-dia e pouco, com a convidada Cleo Garcia, advogada, facilitadora e instrutora de círculos de justiça restaurativa. O papo completo, você encontra disponível em https://www.instagram.com/tv/CEZjdSBnADW/
PROSEANDO
Após a exibição do vídeo, propomos a organização de um espaço de diálogo entre os participantes. Tal atividade poderá ser realizada no presencial ou por meio de plataformas digitais, como Google Meet, Zoom, Teams, entre outras.
Num primeiro momento, sugerimos iniciar as discussões ouvindo o que o grupo já sabe e pensa sobre o assunto. É importante ser criado um espaço onde todos possam socializar suas ideias e opiniões. Torna-se relevante que o mediador procure encaminhar as discussões buscando promover a participação e o envolvimento dos integrantes. Ao longo da atividade, é válido que ele provoque o diálogo fazendo questionamentos e dando oportunidade para que os participantes expliquem o que pensam.
Seguem algumas sugestões de questões para encaminhar a prosa.
- Você já ouviu falar em Práticas Restaurativas para resolver conflitos na escola?
- Alguma vez pensou que numa intervenção é preciso considerar as necessidades do ofensor e não apenas da vítima?
- Quais ações podemos considerar importantes ao oferecer espaços para a prática da justiça restaurativa em nossas escolas?
- Você tem conhecimento de alguma prática restaurativa desenvolvida na educação? Qual?
- O que você sabe sobre os círculos restaurativos para mediação de conflitos?
Em seguida, sugerimos que os educadores discutam sobre como podem inserir as ideias apresentadas sobre práticas restaurativas em sua prática diária, buscando assim, contribuir com suas relações interpessoais na escola e com a construção de um ambiente sociomoral cooperativo.
SENTA PRA ESTUDAR
Hora da Leitura
Acreditamos na importância da formação continuada da equipe pedagógica e da necessidade de embasarmos nossas práticas em estudos sólidos. Assim, depois de realizarmos as discussões iniciais, indicamos uma leitura sobre o tema.
Oriente seu grupo para:
- tirar um tempinho para a leitura e estudo do texto;
- organizar o ambiente onde vai estudar;
- fazer anotações, marcar o que mais chamou sua atenção.
Leitura do texto teórico do 4 ° episódio:
LUCATTO, Lara Cucolicchio. Justiça Restaurativa: uma mudança de paradigma. in: A justiça restaurativa nas escolas: investigando as relações interpessoais. 2012, p. 51 – 79. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP.
Clique aqui para baixar o texto: A JUSTIÇA RESTAURATIVA NA ESCOLA: INVESTIGANDO AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
MÃOS À OBRA
Preparamos uma atividade para ajudar a retomar e a sistematizar os principais pontos sobre o tema desse episódio.
Para isso: entrar no link e responder ao formulário. Quando terminar, clique em ‘ver precisão’ para ter acesso ao gabarito e seus resultados.
link forms – https://forms.gle/b5jLeQPXzgskMiHm7
Fique de olho no desempenho e siga nossas dicas!
- Se você acertou a maioria das questões, compartilhe essa ideia! Comece a praticar com as pessoas de sua convivência.
- Se você acertou apenas uma parte das questões, sugerimos que amplie seus conhecimentos, retomando a leitura indicada.
- Se você acertou apenas 1 ou 2 questões, seria importante assistir a live completa, retomar a leitura e refazer a atividade.
Em caso de dúvida, fale conosco através do: contato@conviveremais.com.br
DE ONDE PARTIMOS…
PARA ONDE VAMOS?
Para encerrar a proposta do episódio apresentamos uma “rotina de pensamento” que traz uma reflexão de maneira simples para iniciar a prática de tornar o pensamento visível. Segundo Lancaster sobre as rotinas de pensamento (2017, p. 8), “trata-se de pequenos protocolos ou sequências de passos com simples perguntas, que convidam os alunos a pensarem de maneira visível para si, para seus pares e professores e, assim, criarem o hábito de questionar, debater e refletir sobre suas ideias e a dos outros”.
Trazemos a rotina: “Pensar – Questionar – Explorar”, que visa conectar-se com seus conhecimentos prévios, estimula a curiosidade e lança as bases para a investigação independente. Organize suas ideias a partir da proposta a seguir e faça suas anotações pessoais. Esse momento será importante para sua autoavaliação e para o encaminhamento de ações que possam contribuir com sua prática pedagógica.
Para responder individualmente e depois refletir com o grupo
a- O que você acha que sabe sobre o assunto: Práticas Restaurativas?
b- Que questionamentos ou dúvidas você tem sobre esse tema?
c- Como pode explorar os questionamentos que você tem sobre esse assunto?
CONVIVERE FLIX EM AÇÃO
Para encerrarmos esse episódio, nossa sugestão é uma nova Roda de Conversa com a equipe para sistematizar os estudos sobre as práticas restaurativas. É importante que o grupo reflita, coletivamente, sobre os pontos da Rotina de Pensamento, e pense em como a Comunidade Escolar pode construir princípios e ações de trabalho para que a cultura do diálogo e da paz seja colocada em prática no dia a dia. Vem com a gente, porque juntos e juntas, somos MAIS e melhores.
PARA SABER MAIS…
GROSSI, P. K.; SANTOS, A.M.; OLIVEIRA, S.B.; FABIS, C.S. Implementando práticas restaurativas nas escolas brasileiras como estratégia para a construção de uma cultura de paz. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p. 497-510, set./dez. 2009. Disponível em: https://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/8073/2/Implementando_Praticas_Restaurativas_nas_escolas_brasileiras_como_estrategia_para_a_construcao_da_cultura_de_paz.pdf Acesso: 20 set. 2021.
JÚNIOR, E.A.; LIMA, C.B. EDUCAR PARA A PAZ: PRÁTICAS RESTAURATIVAS NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS ESCOLARES. Movimento – Revista de Educação , (3), 2016, p.195-224. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revistamovimento/article/view/32566 Acesso em: 20 set. 2021.
LENCASTRE, Juliana de Aquino Nunes. Rotinas de pensamento: construindo uma cultura do pensar para o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. Trabalho de Conclusão de Curso. Campinas: FE-Unicamp, 2017. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000978557&opt=1 Acesso: 24 jun de 2021.
LUCATTO, Lara C.; MARTINS, Raul A. As relações interpessoais na escola e a justiça restaurativa. Colloquium Humanarum, vol. 13, n. Especial, Jul–Dez, 2016, p. 161-166. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/317145975_AS_RELACOES_INTERPESSOAIS... Acesso: 13 set. 2021.
VINHA, Telma P.; SILVA, Fabiana A.; MAIA, Kátia; CARNEIRO, Kênia C. F.; SCARAZZATTI, Marlene J. S. A implantação da justiça restaurativa como processo de resolução de conflitos na escola: uma realidade a ser construída. In: TOGNETTA, L.R.P.; VINHA, T.P. (orgs) Conflitos na instituição educativa: perigo ou oportunidade? Contribuições da Psicologia. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2011.